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Telemedicina em exames ocupacionais

Desde as discussões geradas com a lei 13.989 em abril de 2020, em plena pandemia, a telemedicina vem sendo utilizada como um meio ou ferramenta para realizar alguma forma de assistência a saúde, seja com uma anamnese, buscando informações como queixas, estado de saúde, fatores de risco, entre outros, bem como provendo algumas condutas seja uma orientação, solicitação de exames, prescrições médicas ou até mesmo um plano de cuidados.

Este era uma tema que já estava em algumas pautas de discussão nos conselhos de classe, e também no governo, tanto que em 2019, houve uma lei que instituía sua utilização, porém em aproximadamente 30 dias foi revogada. Uma pena, pois teria um tempo maior (12 meses) para que pudessem fazer os ajustes legais desta modalidade, bem como dar maturidade aqueles que desenvolveram suas soluções, otimizando as ferramentas, treinando os profissionais de saúde e gerando as discussões necessárias para sua evolução, trazendo um benefício muito maior no período da pandemia.

Atualmente a lei 13.989 ainda está em vigor, e em breve o governo irá ter uma posição e detalhamento maior de como utilizar e fazer melhor uso desta ferramenta. Antecipando-se a esta decisão, o Conselho Federal de Medicina (CFM), publicou no dia 4 de maio deste ano, a resolução 2.314, com uma ampla descrição e detalhamento sobre a regulamentação da telemedicina, como forma de serviços médicos mediados por tecnologias de comunicação. Esta decisão abriu uma série de discussões, e que ainda vem causando uma dificuldade muito grande no alinhamento e segurança, por todos aqueles envolvidos no uso desta nova modalidade. Um desses pontos, seria o uso em saúde ocupacional, quais são os benefícios, limitações, e o que pode mudar, quando comparado a um modelo atual ?

Exames ocupacionais – modelo atual

Os exames ocupacionais, sejam estes admissionais, periódicos, demissionais, mudanças de função entre outros, sempre foram realizados de maneira presencial, e ao final de todos, exista a emissão do ASO (atestado de saúde ocupacional), com aptidão, inaptidão ou aptidão com restrições. Algumas vezes realizados em clínicas de saúde ocupacional, e outros dentro das próprias empresas, porém presencialmente, grande parte das abordagens focam em buscar dados sobre riscos inerentes a setores ou funções específicas, se realizou todos exames complementares referentes a este cargo ou grupo homogêneo de exposição. Geralmente nesta consulta, realiza-se uma triagem, com aferição de sinais vitais (pressão arterial, frequência cardíaca, respiratória, etc) e pelo próprio modelo ou muitas vezes pelo volume de trabalhadores, o exame físico no trabalhador não é uma prática comum, mesmo em empresas com graus de risco 3 e 4.

Além deste ponto, todo o processo para realização destes exames, que vai desde o agendamento dos exames complementares (laboratório, imagem, audiometria, etc), agendamento de consultas, emissão dos documentos, relatórios, e mais recente o envio de todas essas informações para o eSocial, gera uma dificuldade muito grande para os departamentos de recursos humanos e também para o próprio SESMT (serviço especializado em engenharia de segurança e medicina do trabalho), pois desde analistas, engenheiros, técnicos, médicos, enfermeiras, auditores tem suas obrigações dentro de suas entregas, que ainda são extremamente analógicas, e que pouco coordenam este processo. Softwares que foram construídos no início dos anos 2000, já não conseguem suprir esta demanda, em auxiliar todos estes profissionais a otimizarem seus processos, e ainda mais com as recentes mudanças nas normas regulamentadoras, que exigem mais informações sobre os ambientes laborais, e mais ainda sobre os trabalhadores.

Novos modelos com a inclusão da telemedicina e emissão de documentos digitais

Dentre vários modelos propostos, que possam otimizar e digitalizar grande parte de um complexo processo, a telemedicina permite um otimização da jornada assistencial/ocupacional, deixando os profissionais de saúde, médicos e enfermeiras muito mais focados em prestar assistência ao colaborador, entender melhor seu status de saúde, seus fatores de risco, sobre como estruturar seu plano de cuidados, evitando agravos e até mesmo acidentes. Este foco mais assistencial está também muito mais alinhado com o GRO (gerenciamento de risco ocupacional), contido dentro do programa de gerenciamento de riscos (PGR), dentro da recente mudança da NR-1 (norma regulamentadora). Há uma clara pressão governamental sobre este tema, pois acaba impactando diretamente sobre o gerenciamento dos afastados previdenciários.

Desde os agendamentos, solicitação de exames complementares, realização das teleconsultas para emissão dos atestados de saúde ocupacional (ASO),  e relatórios, as novas plataformas, já alinhadas a estes novos processos, vem sendo muito bem estruturadas, contendo todas as funcionalidades (features) necessárias, otimizando o trabalho dos profissionais. Além disso, como a mudança são muito recentes, existem vários treinamentos  e metodologias direcionados para profissionais de saúde, para que possam fazer melhor uso das ferramentas, beneficiando-se inclusive dos novos mercados que estão na iminência de acontecer.

Para os trabalhadores o benefício e experiência serão os principais pontos a serem discutidos. Grande parte destes, além de não ter um benefício claro com o modelo atual, ou seja, através dos exames ocupacionais tradicionais não receberem nenhum tipo de assistência ou orientação sobre sua saúde, as longas esperas em clínicas, para consultas muito breves, e ainda mais, a baixa assertividade entre estar apto ou não para setores ou funções específicas, a digitalização deste processo e a telemedicina, pode mostrar novos horizontes. Durante um atendimento por telemedicina, qualquer necessidade que o médico examinador tenha, seja um exame complementar a mais, ou até mesmo a realização de um exame físico específico, ele conseguirá solicitar e acompanhar pela própria plataforma, inclusive interagindo de maneira segura com o trabalhador, que inclusive terá acesso a suas informações de saúde, conforme preconizado pela LGPD (lei geral de proteção de dados), pois ele é o titular destes dados.

Para as empresas e todos os seus departamentos, seja pessoal, recursos humanos, segurança, haverá uma grande facilitação e agilidade em todo processo. Cada um desses profissionais, também serão treinados e contribuirão com o desenvolvimento desta nova metodologia, resolvendo suas principais “dores” e buscando um crescimento muito mais focado em gerenciamento do plano de ações baseado em indicadores (KPI’s). Aí estará um enorme benefício que poderá trazer os resultados que as empresas sempre buscaram, em poder ter seu time focado em gestão de afastados, absenteísmo, redução de sinistralidade, e promoção de saúde no ambiente de trabalho.

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O Que é o eSocial e as Consequências de Não Estar em Compliance

O Que é o eSocial e as Consequências de Não Estar em Compliance O eSocial é um sistema digital do Governo Federal que centraliza a comunicação de informações trabalhistas, previdenciárias e fiscais das empresas em um único envio de dados. Ele substitui várias obrigações acessórias, como folha de pagamento, GFIP, RAIS e CAGED. Implementado em fases desde 2018, o eSocial visa reduzir a burocracia e aumentar a eficiência no cumprimento das leis trabalhistas e previdenciárias no Brasil. O Que é o eSocial? O eSocial faz parte do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) e tem como objetivo centralizar em uma única plataforma todas as informações que empresas e empregadores são obrigados a enviar ao governo. Entre essas informações estão: • Folha de pagamento• Informações de saúde e segurança no trabalho (SST)• Dados de vínculos empregatícios• Admissões e demissões• Contribuições previdenciárias e FGTS Consequências de Não Estar em Compliance com o eSocial Não estar em conformidade com o eSocial pode gerar consequências sérias para as empresas, tanto em termos financeiros quanto em sua reputação. Abaixo, destacamos algumas das principais penalidades: 1. Multas por Atraso ou Informações Incorretas• A não transmissão ou o atraso na entrega de informações como admissões de empregados pode gerar multas que variam de R$ 402,53 a R$ 805,06 por empregado, dobrando em caso de reincidência.• Multas por omissão de dados na folha de pagamento podem chegar a R$ 1.812,87 por evento. 2. Multas por Falhas em Informações de SST• Se a empresa não informar corretamente os dados relacionados à Saúde e Segurança no Trabalho (SST), o valor da multa pode variar entre R$ 1.812,87 e R$ 181.284,63, dependendo do grau de risco e do número de funcionários. 3. Penalidades Trabalhistas e Previdenciárias• Informações incorretas ou omissões relacionadas ao FGTS podem gerar multas de 20% a 160% do valor devido.• A ausência de informações sobre estabilidade de gestantes, cipeiros e representantes sindicais pode levar a multas adicionais, além de complicações trabalhistas. 4. Riscos à Reputação• Empresas que frequentemente não cumprem com suas obrigações legais ficam em uma situação delicada perante o mercado e stakeholders. Estar em conformidade com o eSocial é visto como um indicador de responsabilidade e seriedade. 5. Dificuldades em Auditorias e Certificações• A falta de dados consolidados e corretos pode prejudicar empresas durante auditorias e comprometer a obtenção de certificações como ISO 45001 e ISO 9001, que exigem conformidade com normas de gestão. A Livon oferece uma plataforma integrada para gestão de eSocial que garante conformidade, eficiência e segurança no ambiente de trabalho. Com automatização de processos, monitoramento em tempo real e relatórios avançados, a Livon ajuda sua empresa a evitar multas e focar em atividades estratégicas.

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O que é PGR e a Revoluçãoda Tecnologia na Segurança Ocupacional

O PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos) é um conjunto de procedimentos, medidas e práticas adotadas por empresas para identificar, avaliar, monitorar e controlar os riscos ocupacionais presentes no ambiente de trabalho. O objetivo principal do PGR é garantir a segurança e a saúde dos colaboradores, prevenindo acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Este programa é obrigatório para todas as empresas e faz parte das Normas Regulamentadoras (NRs) estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e Previdência do Brasil, especificamente a NR-01 e a NR-09. Componentes do PGR Um PGR eficaz inclui as seguintes etapas: 1. Identificação de Perigos: Reconhecimento de todos os perigos presentes no ambiente de trabalho, como substâncias químicas, riscos ergonômicos, ruídos excessivos, entre outros. 2. Avaliação de Riscos: Análise da probabilidade e severidade dos riscos associados aos perigos identificados. Essa etapa envolve a classificação dos riscos em níveis de criticidade para definir as prioridades de intervenção. 3. Medidas de Controle: Implementação de ações corretivas e preventivas para eliminar ou mitigar os riscos. Essas medidas podem incluir o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), treinamentos de segurança, e adequações no ambiente de trabalho. 4. Monitoramento e Revisão: Acompanhamento contínuo das condições de trabalho e das medidas implementadas, com revisões periódicas para garantir a eficácia do PGR. Se novos riscos forem identificados ou ocorrerem mudanças no ambiente de trabalho, o programa deve ser atualizado. 5. Documentação e Comunicação: Registro de todas as etapas do PGR, incluindo identificação, avaliação e medidas de controle, além de uma comunicação eficaz para todos os colaboradores da empresa. A Importância da Tecnologia para o PGR A tecnologia desempenha um papel crucial na implementação e manutenção eficaz do PGR. Aqui estão algumas das razões pelas quais a tecnologia é vital: 1. Automatização de Processos: A utilização de plataformas digitais, como sistemas SaaS de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho (SST), permite a automação de processos como agendamento de treinamentos, inspeções e geração de relatórios de conformidade. Isso não apenas economiza tempo, mas também garante que todas as etapas sejam realizadas conforme os requisitos legais. 2. Monitoramento em Tempo Real: Ferramentas tecnológicas possibilitam o monitoramento em tempo real de condições de trabalho e o registro instantâneo de incidentes e quase acidentes. Isso permite uma resposta rápida a eventos críticos, minimizando o impacto de possíveis acidentes. 3. Análise de Dados e Relatórios Analíticos: Soluções tecnológicas avançadas oferecem dashboards analíticos que ajudam na análise de tendências, identificação de áreas problemáticas e na tomada de decisões baseadas em dados. Por exemplo, é possível identificar setores ou atividades com maior incidência de acidentes e focar esforços de prevenção nesses pontos. 4. Integração e Centralização de Dados: As plataformas de gerenciamento de segurança no trabalho permitem a centralização de todas as informações relacionadas ao PGR, facilitando o acesso de gestores e profissionais da área de segurança aos dados necessários para auditorias e avaliações periódicas. 5. Redução de Erros Humanos: Ao substituir processos manuais por soluções automatizadas, a tecnologia reduz significativamente a possibilidade de erros humanos, garantindo que todos os registros e relatórios sejam precisos e estejam de acordo com as regulamentações. 6. Conformidade e Auditoria: Ferramentas digitais facilitam o cumprimento das normas regulamentadoras ao manter todos os registros organizados e facilmente acessíveis para auditorias internas e externas. A conformidade contínua é fundamental para evitar penalidades legais e garantir a segurança dos trabalhadores. Benefícios do Uso de Tecnologia no PGR • Eficiência Operacional: Reduz o tempo gasto em tarefas administrativas, permitindo que os profissionais de segurança foquem em atividades estratégicas. • Transparência e Responsabilidade: Mantém todos os envolvidos no programa cientes das suas responsabilidades, promovendo uma cultura de segurança. • Melhoria Contínua: A análise de dados permite que a empresa esteja em constante evolução, ajustando processos e melhorando a segurança no trabalho. Conclusão A implementação de um PGR eficaz é essencial para garantir a segurança e a saúde dos colaboradores, e a tecnologia é um grande aliado nessa jornada. Utilizar ferramentas avançadas de gestão, como a plataforma Minha Livon, é fundamental para tornar o PGR mais eficiente, confiável e proativo, minimizando riscos e maximizando a conformidade e a produtividade.

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segurança digital

A Importância da Segurança Digital em Plataformas de Dados Sensíveis

Na era da transformação digital, o volume de dados sensíveis coletados e armazenados por empresas aumentou exponencialmente. No contexto da gestão de saúde, segurança e meio ambiente (EHS/SST), plataformas como a da Livon são responsáveis pelo gerenciamento de informações extremamente delicadas, como dados de saúde de colaboradores, atestados médicos digitais, prontuários integrados, e diagnósticos populacionais. Esses dados, se comprometidos, podem gerar consequências graves para as empresas. 1. Impactos Financeiros e Operacionais A perda ou violação de dados de saúde de colaboradores pode ter impactos financeiros significativos. Uma pesquisa da IBM Security estima que o custo médio de uma violação de dados para empresas no setor de saúde é de cerca de US$ 10,1 milhões por incidente. Os custos não se limitam às multas regulatórias; envolvem também a recuperação dos sistemas, a contratação de serviços de resposta a incidentes, e o pagamento de indenizações às partes afetadas. Além disso, a perda de dados pode interromper operações diárias, resultando em queda de produtividade, atrasos em processos e aumento de custos operacionais. 2. Danos à Reputação e Perda de Confiança A confiança é um ativo intangível fundamental para qualquer empresa que lida com dados sensíveis. Quando uma violação ocorre, há um impacto direto na reputação da empresa. Em plataformas de dados de saúde, onde a privacidade é uma prioridade máxima, a perda de confiança dos colaboradores, clientes e parceiros comerciais pode ser devastadora. O processo de reconstruir essa confiança é longo e pode resultar na perda de contratos, redução de receita e dificuldades para conquistar novos clientes. Além disso, os casos de violação de dados são amplamente divulgados na mídia, o que pode causar danos permanentes à imagem da empresa. 3. Implicações Legais e Regulamentares Empresas que lidam com dados de saúde são obrigadas a cumprir rigorosos regulamentos de privacidade de dados, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil e o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) na União Europeia. O não cumprimento dessas regulamentações pode resultar em multas pesadas, sanções legais e restrições operacionais. A incapacidade de proteger dados sensíveis pode levar a processos legais de colaboradores cujas informações foram expostas, gerando mais custos e complicações jurídicas. 4. Riscos para a Saúde e Segurança dos Colaboradores A perda de dados de saúde pode afetar diretamente a saúde e segurança dos colaboradores. Por exemplo, informações incorretas ou incompletas sobre condições médicas podem prejudicar o atendimento em emergências e criar riscos adicionais para o ambiente de trabalho. A integridade dos prontuários de saúde é essencial para que os profissionais de saúde ocupacional tomem decisões informadas e protejam os colaboradores de exposições a riscos adicionais ou perigos ocupacionais. 5. A Importância da Segurança Digital nas Plataformas Livon Para evitar esses riscos, a Livon adota uma abordagem robusta de segurança digital. Isso inclui autenticação multifator, criptografia avançada de dados, monitoramento contínuo de segurança e auditorias regulares de conformidade. A plataforma Minha Livon foi desenvolvida para integrar dados de saúde e segurança de maneira segura, garantindo que apenas usuários autorizados possam acessar informações sensíveis. Além disso, investimos continuamente em tecnologias de ponta e práticas de segurança cibernética para proteger os dados contra ameaças em constante evolução. Conclusão A segurança digital é um pilar fundamental para qualquer empresa que lida com dados sensíveis, especialmente no setor de saúde e segurança ocupacional. Proteger esses dados não é apenas uma obrigação legal, mas uma questão de responsabilidade corporativa e manutenção da confiança. Empresas que investem em segurança digital garantem a proteção de seus colaboradores e de sua reputação, além de manter a conformidade regulatória e a eficiência operacional. A Livon está comprometida em oferecer uma plataforma segura, confiável e capaz de transformar a gestão de saúde e segurança corporativa.

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