Ascensão de novos riscos psicossociais corporativos
Os riscos psicossociais deixaram de ser um tema de bem-estar para se tornarem
um problema estratégico, regulatório e financeiro.
A ISO 45003 e a NR-1 já apontam:
bem-estar psicológico é infraestrutura crítica de risco.
E a curva de adoecimento confirma isso:
👉 No Reino Unido, 16,4 milhões de dias de trabalho perdidos por estresse, ansiedade e depressão
👉 Quase metade dos problemas de saúde laboral têm origem psicossocial
Mas há um fator novo — e muito mais perigoso — entrando no jogo:
a transformação digital acelerada sem liderança inteligente.
O paradoxo digital: como a tecnologia pode aumentar riscos psicossociais
Relatórios da EU-OSHA e HSE apontam riscos emergentes no ambiente digital:
- Sobrecarga cognitiva por excesso de informações
- Vigilância algorítmica excessiva
- Sensação de perda de autonomia
- Sistemas que geram pressão contínua por produtividade
- Comunicação fragmentada e ambígua
Esses fatores não são apenas desconfortáveis —
são gatilhos de adoecimento psicológico e degradação de performance.
Mas o alerta mais forte vem da Nature:
Um estudo seminal mostra que a adoção de IA pode aumentar depressão e reduzir segurança psicológica, justamente por amplificar ambientes de medo e incerteza .
A tecnologia virou um amplificador:
Em culturas saudáveis → amplifica clareza, autonomia e eficiência
Em culturas tóxicas → amplifica medo, controle e exaustão
3. A variável decisiva: a liderança
A mesma pesquisa da Nature demonstra que
liderança ética neutraliza os efeitos negativos da IA.
Ou seja:
não é a tecnologia que adoece —
é a forma como ela é implementada, comunicada e governada.
Liderança ética inclui:
- transparência sobre como a tecnologia será usada
- propósito claro
- justiça organizacional
- canais seguros de diálogo
- humanização dos processos
Sem isso, qualquer software vira risco.
4. Por que isso importa para o EHS e ESG?
Porque riscos psicossociais não são apenas humanos.
São riscos:
- operacionais
- reputacionais
- regulatórios
- trabalhistas
- financeiros
- estratégicos
Mais ainda:
eles influenciam diretamente sinistralidade, turnover, produtividade e clima.
Ignorar esse paradoxo é abrir mão de controlar a variável que mais afeta performance humana e organizacional em 2025.
Conclusão: riscos psicossociais invisíveis e urgentes
O digital não é neutro.
Ele amplifica tudo: o bom e o ruim.
Empresas que tratam riscos psicossociais apenas como “tema de RH”
estão perdendo o controle de um dos maiores drivers de risco corporativo do mundo moderno.
No próximo conteúdo, mostraremos o outro lado:
👉 como transformar tecnologia em aliada estratégica
👉 como a IA da Livon cria inteligência preditiva de riscos psicossociais
👉 como a liderança pode reverter o paradoxo digital

