Sinistralidade de planos de saúde: o que é e como pode afetar as empresas
Os planos de saúde são uma forma de garantir assistência médica de qualidade para seus beneficiários, seja via um plano individual ou empresarial. No entanto, é importante que os gestores estejam atentos à sinistralidade, um indicador que pode impactar diretamente na operação da empresa. A sinistralidade é um termo utilizado para medir o quanto uma operadora de saúde gasta com o tratamento médico de seus beneficiários em relação ao que arrecada com as mensalidades. Ou seja, quando a sinistralidade é alta, significa que a operadora está gastando mais do que o previsto, o que pode levar a um desequilíbrio financeiro. Neste blogpost, explicaremos as principais causas da sinistralidade e as principais formas de gerenciar esse indicador. Quer saber mais? Continue a leitura! Principais causas da sinistralidade Envelhecimento da população O envelhecimento da população é uma das principais causas do aumento da sinistralidade. Com o passar dos anos, é comum que as pessoas desenvolvam doenças crônicas e necessitem de mais cuidados médicos. Além disso, os idosos costumam realizar exames e procedimentos mais complexos e caros, aumentando os custos das operadoras de saúde. Avanço da tecnologia médica na sinistralidade O avanço da tecnologia médica possibilitou o surgimento de novos tratamentos e procedimentos, o que é benéfico para a população. Porém, essas novidades tecnológicas geralmente são mais caras do que os tratamentos convencionais, o que pode elevar os custos das operadoras de saúde. Ademais, a tecnologia médica também aumenta a demanda por determinados procedimentos e equipamentos, o que pode impactar na sinistralidade. Aumento dos custos médicos Os custos médicos incluem desde consultas simples até procedimentos cirúrgicos e hospitalares. Eles podem variar conforme a região geográfica e o tipo de plano contratado. Quando esses custos aumentam, as operadoras precisam repassar esse valor para os consumidores, o que pode impactar negativamente na sinistralidade. Aumento da judicialização da saúde A judicialização da saúde é um fenômeno que tem crescido bastante nos últimos anos. Muitas vezes, pacientes recorrem à justiça para conseguir tratamentos e medicamentos que não estão disponíveis nos planos de saúde. Essas ações judiciais podem aumentar os custos das operadoras e impactar na sinistralidade. Além disso, a judicialização da saúde também pode gerar incertezas e instabilidade para as operadoras, o que pode afetar a sua saúde financeira. Como gerenciar a sinistralidade Gerenciar a sinistralidade é fundamental para manter o equilíbrio financeiro e garantir a sustentabilidade do negócio. Análise de dados e tendências de sinistralidade As empresas podem usar dados para identificar padrões e tendências de uso do plano, avaliar a eficácia dos tratamentos e identificar áreas de alto custo. Com essas informações, as empresas podem implementar ações preventivas para reduzir a probabilidade de sinistros e controlar os custos. Promoção da saúde As empresas devem incentivar a adoção de hábitos saudáveis entre seus colaboradores, oferecendo programas de prevenção de doenças e bem-estar. Esses programas podem incluir a oferta de check-ups regulares, campanhas de vacinação, programas de nutrição e atividade física, entre outros. Leia também: “Como iniciar e quais são os passos para estruturar uma gestão do cuidado efetiva” Gerenciamento de casos O gerenciamento de casos é uma técnica que envolve a coordenação de cuidados de saúde para pacientes com condições complexas ou crônicas. As operadoras podem implementar programas de gerenciamento de casos para ajudar os pacientes a gerenciar suas condições, reduzir a probabilidade de internações hospitalares e controlar os custos. Esses programas podem incluir a atribuição de enfermeiros de casos para pacientes, o monitoramento de pacientes em tempo real e o acesso a recursos adicionais, como aconselhamento de especialistas. Negociação de preços com prestadores de serviços As operadoras de planos de saúde podem negociar preços com prestadores de serviços para controlar os custos de sinistralidade. Essas negociações podem envolver a busca por taxas mais baixas para serviços médicos, exames e tratamentos. Além disso, as operadoras podem procurar negociar acordos de reembolso com prestadores de serviços, o que pode ajudar a controlar os custos e reduzir a sinistralidade. Gestão efetiva de recursos As operadoras devem garantir que seus recursos sejam utilizados de maneira eficiente e eficaz. Isso inclui o gerenciamento de despesas de pessoal, o controle de custos administrativos e o monitoramento de receitas e despesas. Ao manter um controle rigoroso dos custos, as operadoras podem garantir que estejam no caminho certo para alcançar a rentabilidade e evitar surpresas desagradáveis ao final do ano. Leia também: “Pilares da saúde corporativa: quais são, como medir e aplicar” Reduza os custos com planos de saúde: conheça os serviços de gestão de sinistralidade da Livon A sinistralidade pode ser um grande desafio para as empresas que oferecem planos de saúde para seus colaboradores. Com o aumento dos custos médicos e a complexidade das normas regulatórias, pode ser difícil manter as despesas sob controle e garantir a satisfação dos funcionários. É aqui que a Livon pode ajudar. Oferecemos soluções eficazes para gerenciar a sinistralidade e reduzir os custos associados à saúde dos colaboradores. Com nossos serviços especializados, podemos ajudar sua empresa a: Analisar os dados de sinistralidade para identificar as principais causas e tendências; Implementar medidas preventivas para reduzir o número de sinistros; Negociar com os prestadores de serviços de saúde para obter preços mais acessíveis; Orientar os funcionários sobre hábitos saudáveis e incentivar a adesão a programas de prevenção. Na Livon, acreditamos que a gestão da sinistralidade é fundamental para garantir a sustentabilidade dos planos de saúde corporativos. Com nossa experiência e know-how, podemos ajudar sua empresa a oferecer um plano de saúde de qualidade e acessível, enquanto cuidamos da saúde e bem-estar de seus colaboradores. Use agora nossa calculadora de sinistralidade, e descubra o custo anual médio da sua empresa com sinistros.
Tudo o que você precisa saber sobre o absenteísmo
O absenteísmo é um problema que pode afetar empresas de todos os tamanhos e setores. Esse termo é utilizado para descrever a ausência de um funcionário do trabalho, seja por falta, atraso ou saída antecipada. O absenteísmo pode ser um indicador de problemas na empresa, desde questões de saúde até problemas pessoais ou desmotivação no ambiente de trabalho. Por isso, preparamos esse artigo para explicar as causas e as consequências desse problema, bem como gerenciá-lo efetivamente na sua organização. Continue a leitura. Causas do absenteísmo As causas do absenteísmo podem ser diversas, mas algumas delas são mais comuns. Problemas de saúde, como doenças e lesões, podem impedir que um funcionário compareça ao trabalho. O estresse e a sobrecarga de tarefas podem levar à exaustão e à necessidade de um afastamento temporário. Problemas pessoais, como questões familiares ou problemas financeiros também podem levar a ausências no trabalho. A falta de motivação também é uma causa comum do absenteísmo, já que funcionários desmotivados e insatisfeitos tendem a faltar com mais frequência. Leia também: “Qual o impacto do burnout para as empresas e como lidar com esse novo cenário?” Dados sobre absenteísmo Consequências do absenteísmo O absenteísmo pode ter diversas consequências negativas para a empresa. A perda de produtividade é uma das principais consequências: funcionários ausentes ou que chegam atrasados podem atrasar projetos e tarefas importantes. O aumento de custos também é uma consequência do absenteísmo, uma vez que substituir um funcionário ausente pode ser caro e impactar no orçamento da empresa. Além disso, a redução da qualidade do trabalho também pode ser uma consequência direta desse problema, uma vez que funcionários sobrecarregados e desmotivados podem cometer mais erros. Melhores práticas e políticas para o RH Gerenciar o absenteísmo envolve identificar as causas das ausências e implementar políticas de RH que ajudem a reduzir a incidência e os impactos negativos. Uma das melhores práticas para fazer isso é criando uma política clara de faltas e ausências. Esta política deve definir os critérios para justificar uma falta, os procedimentos para comunicar a ausência, bem como as consequências para o não cumprimento das regras estabelecidas. Além disso, a política deve ser comunicada de forma clara e eficaz para todos os funcionários da empresa, a fim de que possam entender suas responsabilidades e obrigações em relação às faltas. Leia também: “Gestão de rotinas em saúde ocupacional” Outra prática importante é a identificação das causas do absenteísmo. A empresa deve registrar as faltas e analisar os dados para determinar as razões por trás das ausências dos funcionários. Com base nessas informações, a empresa pode implementar medidas para reduzir o absenteísmo, como programas de bem-estar para promover a saúde e o bem-estar dos funcionários, programas de incentivo à presença, flexibilidade no horário de trabalho, entre outros. Os gerentes devem manter um diálogo aberto e transparente com os funcionários, para poderem entender suas necessidades e oferecer soluções que atendam às suas demandas. Por fim, é importante lembrar que a gestão de absenteísmo não se trata apenas de lidar com as faltas, mas também de prevenir a sua ocorrência. Ao adotar políticas de RH que promovam a saúde, o bem-estar e a satisfação dos funcionários, as empresas podem reduzir significativamente o absenteísmo e aumentar a produtividade e a eficiência da organização. Saiba como está a assiduidade no cumprimento das obrigações da sua empresa através da nossa calculadora de absenteísmo.
O crescimento da gestão dos cuidados em saúde corporativa, adoção de tecnologia e novos modelos.
Muitas empresas vêm adequando-se ao processo de digitalização em saúde ocupacional, mas agora passa por um momento único, justamente pelas novas regulamentações lançadas pelo governo, e que referem-se diretamente à saúde dos colaboradores. O estágio dessas mudanças já não é mais tão inicial assim, e considerando que precisam ganhar tempo nestas implantações, a Livon Saúde vem ganhando um espaço muito grande neste mercado, pois já possui uma experiência muito robusta em gestão dos cuidados focada em saúde corporativa. Além de desenvolver novos métodos e processos, constrói toda a base tecnológica com time próprio, fundamental para auxiliar os departamentos de recursos humanos nesta jornada, e posicionando este departamento de maneira mais estratégica, desonerando de um trabalho somente processual e repetitivo. “Estamos focados muito além de compliance, ou seja, importa o acesso e a experiência dos colaboradores, durante seus exames ocupacionais”, comenta o fundador e CEO da Livon, Rodrigo Tanus. Já com uma bagagem na implantação de grandes projetos como General Motors, Grupo Lunelli, Incasa SA, entre outros, a Livon segue seu crescimento acelerado de 380% somente em 2022, repetindo números semelhantes ao de 2021. “No primeiro semestre de 2022, fizemos vários ajustes em nossa plataforma, além de preparar muito bem o nosso processo de onboarding dos clientes, justamente para que já nesta etapa ocorra a organização de todo o fluxo organizacional. Levamos anos de conhecimento e ferramentas que otimizam todo este trabalho,” comenta o CEO Tanus. Com mais de 35.000 vidas sob cuidado, a Livon Saúde desenvolveu um modelo único, onde conecta profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas, entre outros, com desenvolvedores, cientistas de dados e engenheiros. O resultado é uma plataforma alinhada a um processo muito digital, que otimiza tempo dos principais envolvidos em saúde ocupacional, sejam os times e gestores de recursos humanos, SESMT e também o próprio funcionário. Tanus ainda explica que o momento de crescimento acelerado da Livon ocorreu por conta de um grande preparo na base operacional para uma entrega sólida. Acredita que em saúde, a escalabilidade somente deveria vir com validações muito cuidadosas de cada modelo adotado, e isso requer tempo. Growth não significa somente aumentar número de clientes ou vidas, mas sim a estruturação de pessoas, tecnologia e métodos. Gerar escala com processos antigos, com arquitetura inadequada, e que já provaram não gerar valor algum, somente custo, não faz sentido algum, conclui.
Gestão de atestados em saúde
Ainda hoje, o absenteísmo é um problema que gera um grande impacto para empresas, sejam estas de pequeno, médio e grande porte. Os atestados médicos, resultantes de agravos em saúde física e mental, são gerados em diversos locais, como hospitais, clínicas, postos de saúde, ou até mesmo pelo departamento de saúde ocupacional das empresas, o que dificulta ainda mais o gerenciamento deste importante problema. Uma característica dos sistemas de saúde, seja público ou privado, é a fragmentação das informações, e também das abordagens realizadas, Os trabalhadores muitas vezes são atendidos pelo mesmo problema, por diferentes profissionais de saúde, gerando diferentes prescrições, exames, e poucas vezes o desfecho e resultado clínico esperado é conseguido. Estes dois parágrafos anteriores sintetizam os motivos pela qual os times dentro dos departamentos de recursos humanos, e SESMT tem uma grande dificuldade de reduzir o número de atestados médicos, e por consequência o absenteísmo. Há uma grande cobrança pelas corporações nesta busca, já há décadas, porém sem grandes soluções até então. Mesmo fazendo a inclusão da segunda opinião, e a contestação do atestado, observa-se que com pouco ou nenhum conhecimento sobre a saúde dos trabalhadores, os times de saúde das empresas não conseguem atuar de uma maneira que possa prevenir os diversos agravos em saúde. Além de trazer um grande custo para empresas, os profissionais de recursos humanos deparam-se com um processo trabalhoso e muitas vezes analógico, em gerenciar o atestado. Desde o envio pelo colaborador, até a tomada de decisão em contestar ou não, e controlar o retorno as atividades, este processo, principalmente em grandes empresas, ocupa um tempo precioso de analistas de recursos humanos, que poderiam muitas vezes estar focados em outras atividades, inclusive somente gerenciando formas de evitar o absenteísmo. Como fazer uma gestão eficiente dos atestados Todos os controles, desde a entrega do atestado médico, até o retorno do colaborador, algumas informações já podem ser utilizadas para iniciar a construção do diagnóstico, ou seja, quais são as principais causas (CID), em quais setores são mais comuns, qual perfil do trabalhador, entre outros pontos. Geralmente essas informações podem ser extraídas dos softwares ERP’s utilizados pelo departamento de recursos humanos. Este seria apenas uma primeiro passo, para que já possa iniciar um plano de ação estruturado da seguinte maneira: 1 – Estruturar a inserção do atestado pelo colaborador: dar acesso a plataforma para que o colaborador insira o atestado digitalizado, ou, permitir que alimente alguns campos com informação do documento; 2 – A partir do recebimento desta informação, além da entrada no ERP, uma enfermeira ou médico (time de saúde) é notificado, para que possa prestar assistência ao trabalhador, bem como ter um maior detalhamento sobre a condição de saúde que levou ao afastamento das atividades. Esta consulta poderá ser realizada no próprio ambiente da empresa, mas otimiza-se muito a jornada, realizando pro telemedicina. 3 – Estas informações, devem ser armazenadas de maneira estruturada, para que possa fazer a leitura dos principais indicadores (KPI’s), principalmente em saúde populacional, cruzando com dados ocupacionais. Seguem alguns exemplos: Quais os principais setores ou funções da empresa estão gerando mais atestados, e quais são as principais doenças relacionadas a estes; Quais os principais perfis populacionais, gênero, faixa etária, fatores de risco, entre outros, estão tendo mais agravos; Qual a frequência, dia e horário que ocorrem maiores idas a pronto atendimentos. 4 – Os indicadores irão mostrar quais são os principais pontos focais para a construção do plano de ações. Este plano geralmente é constituído da seguinte maneira: Treinamento de um time de cuidados, interno ou terceiro, que será responsável por gerenciar a entrada dos documentos, mas também para gerar os principais indicadores Buscam onde estão os principais grupos de risco e coloca em linhas de cuidados específicas, como por exemplo doenças osteomusculares, saúde mental, doenças cardiovasculares, etc Inclusão de modelo assistencial, dentro dos exames ocupacionais, para que sejam colhidas informações populacionais; Programas de grupo: inclusão de medidas de educação e prevenção por grupos e setores onde foram identificados fatores de risco predominantes Essas são as primeiras iniciativas para estruturação de um programa que possa gerar custo-efetividade. Importante salientar que o departamento de recursos humanos além de ter um grande suporte neste processo, otimizado por nova metodologia e tecnologia, poderá construir um grande case de sucesso, onde promove saúde dos seus colaboradores, e por consequência, reduz custos.
Gestão de rotinas em saúde ocupacional
Como otimizar seus processos e ao mesmo tempo melhorar a experiência dos seus colaboradores. Considerando todas as demandas e rotinas, no contexto das 37 normas regulamentadoras sobre saúde e segurança dos colaboradores, há um grande empenho e esforço, para que os times de recursos humanos, saúde e segurança consigam entregar todo seu trabalho no prazo, e cumpra as questões de compliance, exigida pelos órgãos reguladores, mas também pelas próprias políticas internas das empresas. Ainda mais, recentemente muitas dessas normas sofreram mudanças significativas, inclusive a própria NR-7, que trata do PCMSO (programa de controle médico de saúde ocupacional) que passou a ser muito mais analítico e a fazer parte do PGR (programa de gerenciamento de riscos). Independente dessas mudanças, esta regulação sempre trouxe uma série de processos e atividades a estas equipes, que pouco contaram com auxílio de tecnologia para poder ajuda-los nas demandas, e mais do que isso, que não trouxe estrutura e insumos suficientes para o objetivo principal: cuidar da saúde dos colaboradores, bem como o gerenciamento de riscos sociais, ambientais e do próprio ambiente de trabalho. Somando as duas situações, e já neste momento há um posicionamento do governo, que implantou desde o ano passado o eSocial, exigindo que as empresas comuniquem seus eventos em saúde e segurança de uma maneira contínua, pois provavelmente irá extrair importantes indicadores, e aplicar a legislação conforme as novas regras. Se pudermos resumir de uma maneira muito breve, o centro deste ecossistema em saúde e segurança ainda está pouco definido. Como e quais serão os pontos de confluência, considerando a emissão de documentos, o compartilhamento de dados, e principalmente, o foco na saúde do trabalhador ? Quais serão os impactos financeiros diretos e indiretos, quando considerarmos este novo cenário de saúde e segurança ? Gerenciamento das rotinas Dentre as iniciativas a serem tomadas pelos times de recursos humanos, a primeira seria a inclusão de um novo método, afim de definir os processos mais comuns envolvidos nesta rotina, e bem como as pessoas responsáveis por estas tarefas, e centralizar todas em uma mesma plataforma, para que seja possível iniciar pontos fundamentais nesta reestruturação: A partir desta iniciativa, colocando todas as pessoas envolvidas no mesmo ambiente, inicia as mudanças de fluxo operacional, porém já com mensuração de indicadores, Esses são alguns exemplos que simplesmente estruturando o papel de cada profissional, alimentando a plataforma e gerenciando suas demandas, pode-se obter importantes insights para construção do plano de ações. Este será dimensionado a criação de uma matriz de gerenciamento de riscos, que inclusive fará parte da elaboração do próprio PGR (programa de gerenciamento de riscos), uma importante mudança recente, dentro da NR-1. Com estas mudanças, além de otimizar tempo da equipe envolvida neste gerenciamento, o foco agora tem um direcionamento muito ligado a cultura de saúde na empresa, e recoloca no centro de todo este ecossistema o colaborador.
Telemedicina em exames ocupacionais
Desde as discussões geradas com a lei 13.989 em abril de 2020, em plena pandemia, a telemedicina vem sendo utilizada como um meio ou ferramenta para realizar alguma forma de assistência a saúde, seja com uma anamnese, buscando informações como queixas, estado de saúde, fatores de risco, entre outros, bem como provendo algumas condutas seja uma orientação, solicitação de exames, prescrições médicas ou até mesmo um plano de cuidados. Este era uma tema que já estava em algumas pautas de discussão nos conselhos de classe, e também no governo, tanto que em 2019, houve uma lei que instituía sua utilização, porém em aproximadamente 30 dias foi revogada. Uma pena, pois teria um tempo maior (12 meses) para que pudessem fazer os ajustes legais desta modalidade, bem como dar maturidade aqueles que desenvolveram suas soluções, otimizando as ferramentas, treinando os profissionais de saúde e gerando as discussões necessárias para sua evolução, trazendo um benefício muito maior no período da pandemia. Atualmente a lei 13.989 ainda está em vigor, e em breve o governo irá ter uma posição e detalhamento maior de como utilizar e fazer melhor uso desta ferramenta. Antecipando-se a esta decisão, o Conselho Federal de Medicina (CFM), publicou no dia 4 de maio deste ano, a resolução 2.314, com uma ampla descrição e detalhamento sobre a regulamentação da telemedicina, como forma de serviços médicos mediados por tecnologias de comunicação. Esta decisão abriu uma série de discussões, e que ainda vem causando uma dificuldade muito grande no alinhamento e segurança, por todos aqueles envolvidos no uso desta nova modalidade. Um desses pontos, seria o uso em saúde ocupacional, quais são os benefícios, limitações, e o que pode mudar, quando comparado a um modelo atual ? Exames ocupacionais – modelo atual Os exames ocupacionais, sejam estes admissionais, periódicos, demissionais, mudanças de função entre outros, sempre foram realizados de maneira presencial, e ao final de todos, exista a emissão do ASO (atestado de saúde ocupacional), com aptidão, inaptidão ou aptidão com restrições. Algumas vezes realizados em clínicas de saúde ocupacional, e outros dentro das próprias empresas, porém presencialmente, grande parte das abordagens focam em buscar dados sobre riscos inerentes a setores ou funções específicas, se realizou todos exames complementares referentes a este cargo ou grupo homogêneo de exposição. Geralmente nesta consulta, realiza-se uma triagem, com aferição de sinais vitais (pressão arterial, frequência cardíaca, respiratória, etc) e pelo próprio modelo ou muitas vezes pelo volume de trabalhadores, o exame físico no trabalhador não é uma prática comum, mesmo em empresas com graus de risco 3 e 4. Além deste ponto, todo o processo para realização destes exames, que vai desde o agendamento dos exames complementares (laboratório, imagem, audiometria, etc), agendamento de consultas, emissão dos documentos, relatórios, e mais recente o envio de todas essas informações para o eSocial, gera uma dificuldade muito grande para os departamentos de recursos humanos e também para o próprio SESMT (serviço especializado em engenharia de segurança e medicina do trabalho), pois desde analistas, engenheiros, técnicos, médicos, enfermeiras, auditores tem suas obrigações dentro de suas entregas, que ainda são extremamente analógicas, e que pouco coordenam este processo. Softwares que foram construídos no início dos anos 2000, já não conseguem suprir esta demanda, em auxiliar todos estes profissionais a otimizarem seus processos, e ainda mais com as recentes mudanças nas normas regulamentadoras, que exigem mais informações sobre os ambientes laborais, e mais ainda sobre os trabalhadores. Novos modelos com a inclusão da telemedicina e emissão de documentos digitais Dentre vários modelos propostos, que possam otimizar e digitalizar grande parte de um complexo processo, a telemedicina permite um otimização da jornada assistencial/ocupacional, deixando os profissionais de saúde, médicos e enfermeiras muito mais focados em prestar assistência ao colaborador, entender melhor seu status de saúde, seus fatores de risco, sobre como estruturar seu plano de cuidados, evitando agravos e até mesmo acidentes. Este foco mais assistencial está também muito mais alinhado com o GRO (gerenciamento de risco ocupacional), contido dentro do programa de gerenciamento de riscos (PGR), dentro da recente mudança da NR-1 (norma regulamentadora). Há uma clara pressão governamental sobre este tema, pois acaba impactando diretamente sobre o gerenciamento dos afastados previdenciários. Desde os agendamentos, solicitação de exames complementares, realização das teleconsultas para emissão dos atestados de saúde ocupacional (ASO), e relatórios, as novas plataformas, já alinhadas a estes novos processos, vem sendo muito bem estruturadas, contendo todas as funcionalidades (features) necessárias, otimizando o trabalho dos profissionais. Além disso, como a mudança são muito recentes, existem vários treinamentos e metodologias direcionados para profissionais de saúde, para que possam fazer melhor uso das ferramentas, beneficiando-se inclusive dos novos mercados que estão na iminência de acontecer. Para os trabalhadores o benefício e experiência serão os principais pontos a serem discutidos. Grande parte destes, além de não ter um benefício claro com o modelo atual, ou seja, através dos exames ocupacionais tradicionais não receberem nenhum tipo de assistência ou orientação sobre sua saúde, as longas esperas em clínicas, para consultas muito breves, e ainda mais, a baixa assertividade entre estar apto ou não para setores ou funções específicas, a digitalização deste processo e a telemedicina, pode mostrar novos horizontes. Durante um atendimento por telemedicina, qualquer necessidade que o médico examinador tenha, seja um exame complementar a mais, ou até mesmo a realização de um exame físico específico, ele conseguirá solicitar e acompanhar pela própria plataforma, inclusive interagindo de maneira segura com o trabalhador, que inclusive terá acesso a suas informações de saúde, conforme preconizado pela LGPD (lei geral de proteção de dados), pois ele é o titular destes dados. Para as empresas e todos os seus departamentos, seja pessoal, recursos humanos, segurança, haverá uma grande facilitação e agilidade em todo processo. Cada um desses profissionais, também serão treinados e contribuirão com o desenvolvimento desta nova metodologia, resolvendo suas principais “dores” e buscando um crescimento muito mais focado em gerenciamento do plano de ações baseado em indicadores (KPI’s). Aí estará um enorme benefício que poderá trazer os resultados que as empresas sempre buscaram, em