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Como as lideranças das empresas estão tratando as grandes mudanças em saúde.

De uma forma bem breve e resumida, acredito que a maioria ainda de uma maneira mais conservadora e expectante. Diante a um cenário de pandemia, com grandes impactos e mudanças em saúde populacional, seja comportamental, ou até mesmo epidemiológico, as lideranças responsáveis pelos benefícios, e também pelo cumprimento das normas em saúde ocupacional, ainda estão buscando formas muito similares com o que fizeram previamente a pandemia. Buscar novos fornecedores de serviços, outros planos de saúde, programas de qualidade de vida, entre outros, representa grande parte das movimentações em saúde corporativa. O questionamento a ser feito é:  qual o objetivo principal desta movimentação mais conservadora ? E ainda mais, quais os riscos assumidos, caso não queira tentar inovar para buscar uma solução para um problema antigo, que foi impactado pela pandemia, e que no momento representa um grande agravo para saúde dos colaboradores ? Quais são as principais movimentações das empresas que estão inovando em saúde e bem-estar ? Apesar da grande maioria ter mantido a mesma forma de gerenciamento do benefícios e saúde ocupacional, algumas corporações, seja de pequeno, médio e até mesmo de grande porte mudaram de maneira muito significativa esta abordagem. As principais mudanças que acompanhamos foram as seguintes: Tomada de decisão data-driven: mudança que ainda vem acontecendo de maneira mais lenta do que o esperado, porém alguns líderes já adotaram a estruturação dos dados de saúde para sua tomada de decisão. Indicadores que estão guiando uma decisão focada em redução dos custos, bem como melhor experiência e acessos aos cuidados dos seus colaboradores. Essas empresas estão alinhadas a uma cultura de acolhimento de sua força de trabalho, e já tem como premissa estes pontos. Acreditamos que este seja o ponto de partida para iniciar processo de mudança. Mudança na forma de remuneração e compartilhamento de risco: geralmente as empresas sofrem grandes reajustes no plano de saúde, e lidam com saúde ocupacional de maneira a somente cumprir normas, remunerando prestadores por serviço, e não fazendo a gestão de saúde, sendo esta “terceirizada”. Hoje o compartilhamento de risco no modelo de remuneração, significa que o prestador contratado, recebe um orçamento anual para gerenciar e fazer todas as entregas na qual foi contratado. Ou seja, se este não fizer gestão, também terá problemas para gerenciar seus custos. Programas especificamente focados em saúde mental: tema de grandes impactos e aumento na incidência nas doenças mentais nos últimos dois anos. Os programas pouco estruturados, que vinham sendo aplicados anteriormente, focava em ações somente pontuais como por exemplo o setembro amarelo. Agora vai muito além disso. Muitas plataformas foram ao mercado apresentar seus produtos focados em saúde mental, apresentando grande engajamento e ótimos resultados no controle desses problemas. Implantação dos comitês de responsabilidade corporativa: empresas de grande porte, principalmente aquelas listadas na bolsa, estruturaram os comitês de responsabilidade corporativa, focando em vários temas. Saúde está ligado ao “S” do ESG (social). Então a cobrança dos investidores sobre o tema aumentou de maneira desproporcional as exigências prévias a pandemia, o que obrigou avançar mais rapidamente as iniciativas para abordar o tema. Otimização do regulatório para o assistencial: este foi um dos pontos mais questionados pela governança das empresas. Porque continuar trocando fornecedores, ao invés de cobrar os atuais para prestarem serviços, na qual inclusive foram contratados para ? Um dos principais questionamentos foram relatados na saúde ocupacional, um setor ainda muito “convencional”, onde a entrega de saúde realmente não acontece. Serviços são vendidos para simplesmente entregar relatórios e documentos ? E achar que está ficando livre de grandes impactos em custos e saúde dos colaboradores ? Poucas empresas, que iniciaram a mudança por aí, já estão inclusive no curto prazo, surpreendendo-se com os resultados. Começaram a cobrar que os times de saúde envolvidos em ocupacional, fizessem mapeamento e acolhimento de sua força de trabalho. A partir daí, conheceram melhor as pessoas, trataram as questões mais básicas em saúde, e direcionaram quando necessário para especialistas promover desfechos.

Saúde nas empresas. Digitalizar e mudar os processos, atende as necessidades neste novo cenário?

Muitas mudanças, nas normas regulamentadoras, eSocial, verticalização das operadoras de saúde, novas ofertas e serviços, deixou um tanto quanto complexo a tomada de decisão dos departamentos de recursos humanos, bem como a governança das empresas. Uma das grandes tendências, considerando as grandes dores e necessidades, é a inclusão de plataformas digitais, que possam ser alinhadas tanto a digitalização dos processos, muitas vezes analógicos, mas também para cumprir as necessidades da LGPD (lei geral de proteção de dados). Uma boa parte dessas empresas, já utilizam ERP’s para gestão de pessoas, mas ainda para saúde dos colaboradores, de uma maneira muito incipiente. Outros ponto que uma grande quantidade de empresas aderiram, é de fato trazer programas, alinhados ao setor de saúde ocupacional, ou até mesmo ao plano de saúde, com o objetivo de proteger e acolher toda sua força de trabalho. Essas empresas tem uma cultura de saúde, e sempre preocuparam-se em levar os melhores benefícios, e buscar as melhores práticas de mercado. Abaixo irei comentar um pouco mais sobre ambas iniciativas. Digitalização dos dados e processos Sabe-se que as empresas sempre buscaram softwares para gerenciar todas suas demandas, sejam processos, suprimentos e gestão. A saúde, quando inserida em plataformas, em boa parte das situações está ligada aos softwares de recursos humanos (ERP’s), os mesmos que gerenciam folha de pagamento, cartão ponto, etc. Alguns oferecem módulos para saúde e segurança no trabalho, porém muito longe de suprir as necessidades para otimização, tanto dos processos quanto gestão. As tomadas de decisão dos departamentos de recursos humanos não costumam ainda ser data-driven, mas sim buscam dentro do seu orçamento, contratação de serviços, ou até outsourcing, para suprir tais necessidades. Existem iniciativas principalmente de startups, que vem ofertando serviços e/ou plataformas, afim de gerenciar principalmente os processos, muitas vezes analógicos. Em saúde ocupacional, por exemplo, desde a admissão, até realização de todos outros exames ocupacionais, geram um enorme esforço da equipe de RH. Essas soluções, visam digitalizar justamente isto, e estão trazendo um BPO, como SaaS, ou até mesmo ligado a um serviço. Qual o grande problema/impacto ? Digitalizar um processo que não gera valor, significa trazer uma escala ainda maior do problema. Por exemplo: o ASO (atestado de saúde ocupacional), é um documento resultante de todos os exames ocupacionais, sejam periódicos, admissionais, demissionais, etc. Hoje, é somente um documento emitido por uma abordagem nada assistencial. Clínicas de saúde ocupacional  geram uma grande quantidade desses documentos em um curto intervalo de tempo, consultas de 2 a 3 minutos, e simplesmente a emissão de um papel para cumprir uma norma regulamentadora. Onde fica a abordagem de fato em saúde do colaborador ? Existe percepção de acolhimento e preocupação com sua saúde durante esta consulta ? Grande parte de todos que já passaram por esta experiência, não enxergam nada de assistência. A digitalização deste processo soluciona ou aumenta ainda mais este problema ? A experiência, de quem mais importa, o colaborador, será melhor ? Terá impacto positivo em sua saúde. Observem o grande problemas que seria fazer o analógico, em curto espaço de tempo, virar digital, trazer uma “solução”para o departamento de recursos humanos, em suas demandas no dia-dia, porém as pessoas passarem exatamente pela mesma experiência que passam hoje. As soluções necessitam ser muito mais holísticas. Solucionar ao mesmo tempo, processo, método, experiência e ainda mais, buscar indicadores que foquem, além da otimização de custos, uma melhor saúde para os colaboradores. Programas de Saúde Corporativos Empresas já bem alinhadas a cultura de saúde, que investem em programas ou benefícios, tem agora uma grande oportunidade de trazer tais soluções holísticas, e estamos vendo muitas já fazerem isto na prática. Internamente já estão preocupadas em otimizar a experiência dos seus funcionários, tanto na saúde ocupacional, mas também nos cuidados integrais, seja adicionando benefícios, ou integrando aos planos de saúde. No próximo post, iremos descrever com maiores detalhes sobre essas iniciativas.

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